terça-feira, 18 de agosto de 2015

Finalmente.

             Agradeço as vezes em que te fui fiel, embora me causasse uma aguda pequenez orgulhosa, estes tantos momentos em que te presenteei com meus pensamentos. Não me liberto da tua saudade, mas não vejo nela mais do que um peso leve e agridoce de se levar. Resignei-me. Por obrigação, obviamente, e não sem a dor de recusar teu afeto, reconhecendo o cansaço que me causas. Sempre farás das minhas linhas, tuas. Somente em troca do sentir mais incondicional que meu coração já concebeu. Sempre perceberei nos teus rompantes insanos, um pedido de ajuda que eu nunca consegui negar, mesmo quando neguei. O teu segredo me mantém alerta e me manda sinais ásperos de que tu me precisas, ainda que não me queiras. Por essa ligação sutil e profunda, pelo teu gostar fluído, por esse nosso limbo sublime, pela nossa ausência velada, me retiro com dignidade – ainda. Vou-me para que tu entendas todo meu amor. Finalmente.


2 comentários:

  1. Engraçado não ter a opção "Super eu" nas reações, pois seria essa mesma a minha marcação. Quando um texto traduz a gente, muito pouco precisa ser dito, e eu sinceramente diria muito pouco a autora, talvez um: Não toque assim a alma da gente não!... Dói... ((Parabéns / Perfeito)).

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    1. Hahaha obrigada, Andre! Espero que tenha sido uma dor leve e passageira! Um abração!

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