Desenhei com a ponta dos dedos o contorno do teu nariz e reparei nos pelos desorganizados (por mim) da tua sobrancelha.
Deitei meu verde no teu marrom escuro, e acho que você percebeu que a menina dos meus olhos nunca foi boa em esperar... A não ser ali, no conforto morno da tua clavícula, que se expandia aos poucos, embalando o quanto eu precisava descansar;
Desci um pouco mais minhas digitais, e no volume da tua boca ensaiei a última versão desse quadro que fiz no teu corpo, numa tinta de saliva, pra eu me emoldurar.
Você vai ficar bonito na parede do meu tempo. Escolhi um espaço onde não precisasse haver amanhã, e consegui, enfim, te eternizar.
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